Câncer de boca: dentistas podem ajudar na prevenção!

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São estimados mais de 14,7 mil novos casos de câncer de boca por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Os tumores da cavidade oral são o quinto tipo mais incidente na população brasileira. Sendo três vezes mais comuns nos homens.

Do total mencionado, a estatística é de que 11,2 mil se desenvolva no público masculino.

 

Infelizmente, de 70 a 80% dos casos são descobertos tardiamente, já em estado avançado da doença.

 

O resultado é maior morbidade com menor chance de cura e de sobrevida, além de maior impacto na qualidade de vida, maior probabilidade de sequelas e de tratamentos mais complexos.

Uma possível solução para esse panorama seria uma maior frequência dos brasileiros a consultas odontológicas de rotina.

Sem dúvida, o dentista é um profissional com condições de verificar os primeiros sinais do câncer de boca.

 

Primeiros sinais do câncer de boca

 

O dentista pode detectar lesões pré-malignas, placas esbranquiçadas, feridas que não cicatrizam em locais de difícil visualização como palato mole e parte posterior da língua.

Geralmente, as pessoas não conhecem os sinais iniciais do câncer de boca. A maioria, talvez não dê a devida importância a tais sinais por falta de informação.

 

Sinais e Sintomas

Apesar de muitas vezes serem assintomáticos e silenciosos, os tumores de boca (neoplasias benignas, pré-malignas ou malignas) podem provocar:

 

  • Manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na gengiva, boca, língua, palato e mucosa jugal;
  • Feridas ou aftas na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam em mais de 15 dias;
  • Nódulos no pescoço;
  • Dor ou dificuldade para engolir;

 

Quem tem mais chances de ter câncer de boca

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Câncer de boca: cigarro deve ser apagado

Homens acima dos 50 anos, notadamente os que consomem por muitos anos bebida alcoólica e cigarro, estão mais sujeitos a desenvolver os tumores de boca e orofaringe.

Porém, nos últimos anos, homens e mulheres mais jovens, não fumantes e que não consomem álcool em grande quantidade também têm sido acometidos pela doença, especialmente o câncer da orofaringe.

Nestes, é associada ao vírus HPV, o mesmo que causa câncer de colo de útero.

 

Tratamento

 

Se diagnosticados no início e tratados da maneira adequada, cerca de 80% dos casos de câncer de boca são curados.

Geralmente, o tratamento principal do câncer de boca envolve cirurgia oncológica, que pode ser complementada com radioterapia e/ou quimioterapia, a depender de avaliação médica, conforme cada caso.

Nos tumores de orofaringe, tanto a cirurgia como a radioterapia podem ser utilizados de forma isolada ou combinada, apresentando bons resultados em lesões iniciais.

Nesta situação, a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento.

A cirurgia robótica vem sendo amplamente utilizada no maiores centros do mundo no tratamentos de câncer orofaringe.

Também pode ser utilizada em casos selecionados de câncer de boca, tanto na retirada dos tumores primários como no esvaziamento cervical (remoção de metástases linfonodais no pescoço).

Esta cirurgia é minimamente invasiva e traz menos sequelas e complicações que o tratamento convencional.

Além disso, reune  diversas vantagens técnicas como o conhecimento do cirurgião especializado em robótica, visão magnificada, movimentos precisos do robô e possibilidade de acesso a áreas difíceis.

É sem dúvida uma ótima opção para tumores iniciais da orofaringe.

 

Para prevenir o surgimento dessa neoplasia, a recomendação é:

  • Evitar o álcool e o cigarro (além de outras formas de tabaco)
  • Higiene bucal
  • Alimentação saudável
  • Prática sexual com uso de preservativo
  • Visitar o dentista regulamente
  • Evitar traumatismos crônicos na boca

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